Tia Bé num dos seus momentos mais felizes- a chegada da neta Sara.
As árvores morrem sempre de pé!
Era assim que a Tia se referia, quando chegasse o momento da partida, e foi assim que partiu... de pé, como as árvores.
Recusando a caridade, e que alguém ficasse responsável por si e pelo seu sofrimento, decidiu que havia de partir assim, de pé como as árvores.
Lutando até ao fim, atingindo o limite e o extremo das suas forças, assumiu até ao fim o seu carácter, a sua independência e a coragem, que muitas vezes nos falta, mas que a Tia sempre teve, e nos mostrou em tantos momentos difíceis que partilhámos juntas: a Tia, a minha Mãe, a minha irmã, eu e o seu querubim- a Ana Luísa, o seu sonho e o seu desejo eterno em ser Mãe, aqui concretizado.
Obrigada Tia por ter partilhado o seu amor, carinho, coragem, amizade- irrepreensivelmente incondicional.
Foi essa partilha que faz de mim, um pouco do que hoje sou.
Até breve Tia Bé!
Da sua Susaninha, "a menina dos olhos grandes".